sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Poesia dolorida



O ciúme,
 esse monstro de olhos verdes.


Desce meu manto diáfano por terra
Diante desse monstro de olhos verdes,
Que me persegue e devora: o ciúme de ti.



Meu olhar, vagamente furtivo, pisca.
Ergo a fronte trêmula a tua frente, e,
Numa borbulhante taça, destilo meu querer.



Dissimulada, toda me envolvo,
O alarme de não ser única dispara,
E, num gingado pérfido te seduzo.



Ah! O ciúme, essa traça deselegante,
Essa pequenez invasiva, paralisante,
Quer a posse absoluta de tua mente.



Ah! Esse destino de olhares vigilantes,
Este sentimento perturbador efervescente,
Dele me afasto, antes que meu ego pereça!

                             
Izabella Pavesi

Nenhum comentário:

Postar um comentário